Itaipu já era reconhecida como a maior produtora de energia elétrica do mundo antes de atingir esse novo patamar. A hidrelétrica, situada em Foz do Iguaçu, no lado brasileiro, é administrada de forma conjunta por Brasil e Paraguai. O diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, destacou que esse feito não é apenas um número, mas sim o resultado de décadas de colaboração entre os dois países, inovação tecnológica e um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável.
A construção da usina começou em 1973, e após nove anos, a primeira geração de energia começou a ser oferecida. Vale ressaltar que o regime de divisão da produção entre os dois países permite que a energia não consumida por um deles possa ser vendida ao outro. Atualmente, Itaipu representa aproximadamente 9% do consumo total de energia elétrica no Brasil, atuando como uma “bateria natural” que fornece energia de forma confiável, especialmente durante períodos em que a demanda aumenta, como no final da tarde.
Nos últimos anos, observou-se um aumento na demanda por energia no Paraguai, que historicamente não chega a consumir todo o excedente disponível. Essa mudança, impulsionada pelo crescimento econômico e pela instalação de data centers e atividades de mineração de criptomoedas no país, tem levado a Itaipu a rever suas projeções, prevendo que em 2035 não haverá mais excedente disponível.
Além disso, Itaipu está explorando outras fontes de energia renovável, com um projeto inicial para a transformação do reservatório em um parque solar, podendo até dobrar sua capacidade de produção atual. Também está em andamento uma modernização tecnológica que prevê investimentos significativos e a atualização de equipamentos, tornando a usina ainda mais eficiente e preparada para atender à crescente demanda de energia de forma sustentável.